PsicodiafanógenosEsforços experimentais fúteis na tentativa de contornar o Princípio da Incerteza |
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"Life is what happens while you're busy making other plans." John Lennon | ||
domingo, fevereiro 29, 2004
Inferno Astral - Dia 9
Odeio jogar pingue-pongue. Especialmente quando o pingue é em Manaus, o pongue é em São Paulo, e eu sou a bolinha. Alguma coisa está fora da ordem Convite que recebi na sexta-feira, por e-mail, com remetente aparentemente desconhecido. Nesta segunda-feira, dia 1º de março, Renato Godá e a Super 8 e 1/2 se apresentarão num pocket show no The Edge a convite do João Gordo. O show começa as 2h00. Não deixem de ir! Abs Pat Abdo Poxa, que pena mesmo. Não vai dar para eu ir... Saiba mais Já me deram uma definição curiosa dessas festas do João Gordo outro dia... como era mesmo? "O dia em que a baladinha-gay tenta ser rock"? Acho que era isso. Bem, como dizem lá no trabalho, "Não chute, cheque!". Se não for isso, depois eu publico um "Erramos"... sábado, fevereiro 28, 2004
Inferno Astral - Dia 8
OK, that was *HEAVY*. So *HEAVY* I won't even discuss it here. Próximo tópico, por favor? Escolhas erradas Está num cartaz pregado ao lado da sala dos elevadores, no lugar onde eu trabalho: "Sempre circulei atento à aparição do imprevisto, e passei a minha vida inteira à espera de que algo acontecesse. Sempre que o telefone tocava eu corria para atender." --Samuel Wainer Pobre Samuca. Ainda acho que ele teria sido muito mais feliz na profissão de telefonista. Bem que falei para ele fazer um teste vocacional... sexta-feira, fevereiro 27, 2004
Inferno Astral - Dia 7
De que vale ser precavido e passar a manhã e boa parte da tarde preparando freneticamente notinhas, se elas serão cortadas e/ou derrubadas cinco minutos antes de você ir embora, só porque, em vez de três quartos de página, os anunciantes deixaram para você apenas meia? E por que é simplesmente impossível escapar do risco de levar uma multa em dia de rodízio de veículos saindo 25 minutos antes das 17h? E qual é a chance de três pessoas diferentes chegarem ao mesmo local, exatamente à mesma hora, para que todo o seu planejamento cronometricamente idealizado não vá por água abaixo? LIBERTADORES! LIBERTADORES! Tudo vale a pena, se o jogo não é pequeno! Após uma espera de uma década, meu Tricolor está de volta ao campeonato sul-americano. E a estréia no Morumbi, ontem, foi linda. Cinqüenta e quatro mil torcedores, um só coração. Milagrosamente, conseguimos chegar a tempo de ver o pontapé inicial, apesar do horário idiota (19h) para o início da partida. Ainda bem, pois o primeiro gol do São Paulo saiu nos primeiros três minutos! O segundo foi cinco minutos depois, e contra --estava começando a se configurar uma goleada. Que provavelmente só não aconteceu porque, logo no início do segundo tempo, marcamos um gol contra também, dando um fôlego à equipe chilena. No último lance, Luís Fabiano sedimentou a bonita vitória. Placar final: São Paulo 3 x 1 Cobreloa. Só alegria! Reflexão einsteiniana Apesar da conotação "inferno astral" na nota acima, não posso deixar de me considerar um cara de sorte. Não só as três pessoas que eu precisava que chegassem ao mesmo tempo no mesmo lugar assim o fizeram, como o fizeram a partir da minha perspectiva singular. Lembre-se: segundo a relatividade, a simultaneidade de eventos é totalmente dependente do observador! Já pensou se para os outros eles tivessem chegado ao mesmo tempo, mas para mim tivessem chegado em tempos diferentes? Alright, never mind. quinta-feira, fevereiro 26, 2004
Inferno Astral - Dia 6
Não bastasse a carga dobrada de trabalho e as reuniões insuportavelmente tediosas, acabo de descobrir que ter de me comportar como chefe --especialmente quando isso significa se tornar chefe de um grande amigo seu-- pode ser de fato desgastante. Talvez seja por isso que os chefes em geral não têm grandes amigos entre seus subordinados. Como bom sonhador que sou, entretanto, ainda acredito que há um outro jeito de fazer as coisas. Entra em ação a sabedoria dos déspotas esclarecidos. Ou que pensam ser esclarecidos, pelo menos. Pensando bem, acho que vou voltar a ler Maquiavel. Nunca te vi, sempre te amei Graças a três pessoas (o amigo supra* e outras duas), descobri que sempre gostei de Air Supply --só não sabia associar o nome às canções. Devidamente abastecido pelo sempre prestativo Kazaa, agora sei de onde vieram boa parte das músicas dos meus bailinhos de ginásio... A Maravilhosa História da Ponta Clovis - Parte II A saga continua... Original, a lápis *Não confundir com "Supla", por favor. quarta-feira, fevereiro 25, 2004
Hey, it actually works!
Inferno Astral - Dia 5
Quantas vezes é preciso responder à mesma pergunta, até que as pessoas se convençam de que a sua resposta é verdadeira? Two of a (Man)kind Há dois tipos de pessoas. Os do primeiro grupo são aqueles capazes de refletir sobre o mundo em que vivem. Os do segundo dão aos primeiros o que pensar. Quarta-feira de cinza? Agora que a chuva já estragou o feriado de todo mundo, será que dá para a gente ver se o céu continua sendo azul como de costume? terça-feira, fevereiro 24, 2004
Inferno Astral - Dia 4
Cerca de duas semanas atrás, uma grande coincidência conspirou a meu favor. Ontem, uma coincidência de igual porte ofertou-me uma anulação completa dos efeitos benéficos da primeira. Posso me considerar um cara azarado ou apenas um com "não-sorte"? Planetas Solitários Concluí minha última leitura nerd-pseudo-profissional. Lonely Planets é um livro de 400 e poucas páginas recentemente lançado nos EUA, escrito por David Grinspoon. Como obra de divulgação científica a respeito de um tema bastante abrangente --as possibilidades para vida e inteligência extraterrestres no Universo--, ele não traz muita informação nova aos já iniciados. Mas, para quem quer megulhar no assunto pela primeira vez, é uma excelente pedida. David é ultra-descontraído (basta ver a citação que tirei do livro e postei aqui, dias atrás) e não tem medo de usar referências de cultura pop, citando Seinfeld, Beatles e Simpsons sem hesitação. Apesar de sua formação como cientista, ele procura manter a mente aberta e discutir o fenômeno da vida alienígena a partir de uma visão mais abrangente, que ele classifica como a de um filósofo natural. Com isso, discute até questões pouco afeitas aos pesquisadores supostamente sérios, como aparições de OVNIs e relatos de abduções. Trocando em miúdos, é um livro que valeria a pena até comprar para ler. Recebendo 150 reais para lê-lo então, melhor ainda. A Maravilhosa História da Ponta Clovis Delírios de uma noite de segunda-feira tediosa na Redação. Minissérie em quatro capítulos, sem previsão para as futuras exibições. Versão a lápis segunda-feira, fevereiro 23, 2004
Inferno Astral - Dia 3
Quando os chefes do chefe ligam para sua casa pela manhã para informá-lo de algo que eles consideram relevante, mas que você sabe não ter importância nenhuma, isso é um bom ou um mau sinal? Anoréxico desiludido Apesar da minha convicção de ter engordado nas últimas semanas, a balança insiste em dizer que perdi mais quatro quilos. Pode?! Meu lado 'Diet Coke of Evil' Confesso: minha única diversão nos desfiles de escola de samba é ver carro alegórico pegando fogo. É divertido ver aquelas mulatas semi-nuas esquecendo o samba para salvar a própria pele e descobrindo o real significado da expressão "Vai pegar fogo na avenida...". domingo, fevereiro 22, 2004
Inferno Astral - Dia 2
A chuva não pára em São Paulo e fui obrigado a ir trabalhar, em pleno domingo. Inferno astral? Acho que não. A mesma coisa acontece com igual freqüência durante os doze meses do ano... It's good to be the king! Ontem meu chefinho fez as malas e partiu para uma Passando o bastão Último triálogo na Redação, sexta-feira. Chefe - Bem, então me vou. Comporte-se e não vá publicar nada que eu não publicaria, hein? Eu (tongue-in-cheek) - Ei, não se preocupe. Você saaabe que pode confiar em mim... Colega ao lado - Pfffffff... John Lennon... naked Mantendo a tradição e preservando a história de forma documental, publico aqui a versão original do desenho do John, a lápis e sem cor. sábado, fevereiro 21, 2004
Inferno Astral - Dia 1
Até agora, sem grandes atropelos. O único evento digno de nota foi a auto-destruição de um chaveiro que veio junto com a chave do meu carro. Poderia ser um sinal? Nahh... São Paulo 3 x 0 Atlético Sorocaba Mais uma *emocionante* partida válida pelo campeonato paulista que tive o privilégio de ver ao vivo, no Morumbi. Praticamente um jogo-treino, acabou marcado pela presença, duas poltronas atrás de mim, de um torcedor atípico. Após anos de comparecimento a eventos prestigiados por loucos, psicopatas e simpatizantes, não tardei a reconhecê-lo como um típico "Seu-Madruga-Que-Grita". Como todo bom torcedor sabe, gritar no estádio é uma nobre forma de arte. Não se pode gritar em qualquer momento, ou qualquer coisa --é preciso ter aquela intuição que aponta o que deve ser dito e quando. Infelizmente, os "Seus-Madrugas-Que-Gritam" parecem ter uma anomalia congênita que os impede de adquirir essa habilidade. Gritam, então, aleatoriamente, sem nem mesmo conseguir estabelecer uma relação lógica entre o que está acontecendo em campo e o que está sendo esbravejado. O elemento em questão não parou de gritar, durante o jogo inteiro, frases como "EEESTIIIICAAAAA!!!!", "ISSOOO ÉÉÉ QUE ÉÉÉ BOONIIITOOO!!!!" e "VAAAI DEESCOONTAAAR DOOO SEEEU SALÁÁÁRIO!!!". Após uns 15 minutos, num misto de humor involuntário e irritação, eu e meu irmão começamos a soltar frases como "ESTICA A LÍNGUA E DOBRA!!!", ou "ESTICA O SACO!!!", oi ainda "ESTICA A PACIÊNCIA!!!". E é desnecessário dizer que trocamos de lugar, fugindo do exótico torcedor, assim que acabou o primeiro tempo. Ainda assim, de longe, chegamos a ouvir alguns "ESTIIICAAAA!!!" durante a etapa final. Quando tem de ser... A história mais curiosa desta ida ao estádio, entretanto, aconteceu antes de o jogo começar. Para comprar os ingressos, eu e meu irmão tivemos de entrar numa enorme e desorganizada fila da bilheteria para adquirir meia-entrada (a que só ele tem direito). Chegando a nossa vez, compramos. A mulher da bilheteria levou duas horas para anotar o número da carteira de estudante do meu irmão e, quando entregou os ingressos, acabou devolvendo os 30 reais que havíamos usado para pagá-los. Meu irmão hesitou por um décimo de segundo, mas fez a coisa certa. "Não, o dinheiro é seu", ele disse, fazendo as três notas voltarem às mãos da mulher. Muito bem. Enquanto nos encaminhávamos para a arquibancada, esperando já passar os próximos 90 minutos sob uma antipática garoa, comentávamos que poderíamos muito bem ter ficado com o dinheiro, caso nos faltasse honestidade. E eis que avistamos, em frente ao portão principal, meu padrinho, que por um acaso (ah-han!) é fisiologista do São Paulo Futebol Clube. Fiquei feliz em vê-lo, trocamos algumas figurinhas, enquanto ele esperava o filho, que voltaria com os ingressos deles. Nós contamos que estávamos indo para a arquibancada, tomar chuva, e ele então disse, "Não, peraí, façam o seguinte... peguem esses nossos ingressos, a gente entra aqui por dentro, pelo portão principal, e depois nos encontramos lá na cadeira cativa". Com novos ingressos para um setor coberto do estádio, tratamos de revender os que havíamos comprado antes a um senhor que estava indo com seu filhinho ao estádio, reavendo nossos 30 reais. Encurtando uma longa história, o mundo conspirou, por duas vezes, em menos de cinco minutos, para que assistíssemos ao jogo de graça. Está provado: o que é do homem, de fato, o bicho não come. sexta-feira, fevereiro 20, 2004
Chance de ouro!
A partir de hoje, estou oficialmente em meu "inferno astral". Não que algo já tenha me acontecido de errado (ou mesmo que eu acredite em astrologia), mas se você acha que ainda não me maltratou o suficiente, me odeia mortalmente ou apenas gosta de dar uns chutes nas minhas canelas, não perca esta oportunidade! Promoção por tempo limitado! Retrospectiva 2004 - Janeiro Já agindo preventivamente, resolvi aproveitar a data para relembrar o que de mais importante aconteceu comigo no mês passado. * Terminei meu primeiro livro, um projeto que já estava em andamento desde o início de 2003. * Iniciei meu trabalho com os psicodiafanógenos, numa busca pelo meu "eu pessoal", depois de ser esmagado por meu "eu profissional". * Decidi que não podia mais esperar e, num impulso, decidi dar uma entrada num carro novo. Atendendo a pedidos... "Eu estive em todos os lugares e só me encontrei em mim mesmo." --John Lennon quinta-feira, fevereiro 19, 2004
Ciência aplicada à vida
"Mesmo quando os dados estão se acumulando tão rápido que sabemos que tudo ficará claro em alguns meses, não podemos resistir a especular, interpretar, até pontificar. É um problema comum, mas nunca discutido. Você sofre de especulação precoce?" --David Grinspoon quarta-feira, fevereiro 18, 2004
Aos foliões de plantão
Pesquisa do Instituto Sensus feita com 2.000 pessoas em 125 cidades do país revela: 57,4% dos brasileiros não querem nem ouvir falar de Carnaval. É sempre bom não se sentir sozinho. Cenas insólitas A criancinha vira para o pai e pergunta: - Papai, papai... o que que é 'Sísifo'? - É quando esquece de pôr a idade, filhinho... Fossa com embargo Psicodiafanógeno redigido às 21h30 do dia 22 de janeiro de 2004, com publicação postergada para hoje. Três rotas Um homem começa uma jornada. Ele vê três caminhos. O da direita parece razoavelmente aberto, espaçoso, convidativo. Algumas árvores bonitas e floridas se espalham pela trilha, chamando-o de forma inclemente. Mas ele sabe onde esse caminho vai dar e não quer repetir as rotas já trilhadas, muito menos os destinos já visitados. Um segundo caminho, ao centro, é mais sinuoso. Ao fundo, vê-se uma bela montanha, e a certeza de um casebre acolhedor em sua encosta --a promessa de uma bela vista, dias mais tranqüilos, seguros e estáveis. Mas é impossível dizer algo sobre as dificuldades da rota. Mesmo a entrada parece estreita e não dá visibilidade alguma. Dali, é impossível sequer determinar se ela levará de fato ao conforto prometido. O terceiro caminho, à esquerda, é espinhoso, difícil, desafiador. O homem já dera os primeiros passos naquela direção, mas não fora capaz de determinar aonde ele levaria. A rota não é a mais confortável, nem a mais convidativa. E, no entanto, apresenta um encanto indescritível, um mistério indecifrável, que parece anular qualquer resquício de bom senso e mesmo as memórias de todos os arranhões e cortes recentemente adquiridos, ali mesmo. Espinhos e árvores secas se exibem na entrada. E uma mata fechada, úmida e escura, mais adiante. Não há promessas. A derradeira opção, pensou o homem, seria simplesmente arregaçar as mangas, pegar o facão e abrir caminho mata adentro, sem se preocupar com as rotas já estabelecidas. Estabelecer um novo rumo. Sem expectativas. Só ir em frente, sem pensar muito. Ele hesita. O pior é saber que não haverá como voltar. Uma vez determinado um curso, os outros ficarão para trás --lembranças vagas das escolhas não-concretizadas. Tarde demais. Quando ele olha, seus impulsos já o haviam empurrado centenas de metros na direção da rota da esquerda. A clareira já ficou para trás. Começa a anoitecer. Ele se senta. Logo está escuro. E ele está só. Goste ou não, cada um é arquiteto de sua própria vida. terça-feira, fevereiro 17, 2004
DMG-0297
Lembrar de não mostrar mais a língua para as placas de fiscalização fotográfica. A SETI project of my own Continuo à procura da resposta ao mais profundo dos questionamentos do espírito humano: existe vida inteligente além do mundo em que vivemos? Happy birthday! Completamos hoje um mês de psicodiafanose. Até agora, nenhum dano cerebral permanente foi detectado. Pelo menos, não nenhum que já não existisse antes dessa jornada de auto-descoberta começar. segunda-feira, fevereiro 16, 2004
Segunda-feira. De novo.
Quem viu uma, viu todas. Não fosse a chamada diferente para o filme da Tela Quente, eu juraria até mesmo estar em Punxsutawney. Turbilhão Tantas coisas têm passado freneticamente pela minha cabeça que fica até difícil selecionar o que escrever aqui. Apenas uma amostra, em fast-forward: "Projeto Gemini", "copo meio cheio ou meio vazio", "quem afinal bebeu a metade, quando ele estava todo cheio?", "mistério das paridades", "yin-yang", "redundância ou complementaridade?", "fluidez do tempo", "por que passa tão depressa?", "por que passa tão devagar?", "por que não pára?", "o que diabos estou fazendo aqui, divagando, quando deveria estar trabalhando?!?". domingo, fevereiro 15, 2004
Alegria do povo
Acabo de retornar do Morumbi, com boas notícias para a torcida tricolor: São Paulo 1, Corinthians 0, no primeiro clássico da temporada. Após o vexame da selecinha no Pré-Olímpico, finalmente o futebol começa a recuperar a graça para mim. Mas é bom não comemorar demais. Para não secar, sabe? O Império Contra-Ataca Ao voltar para casa, dois bilhetes para mim, colocados em pontos estratégicos, um na cozinha, outro na tela do micro: "Seu chefe ligou e pediu para você ligar de volta". [Entra a música-tema de Darth Vader... Pã-pã-pã-rã, pã-pã-rã, pã-pã-rã...] No fim não era nada demais, ele só queria saber se eu tinha alguma informação sobre uma reportagem publicada pelo concorrente. Até pediu desculpas por ligar na minha folga. Mas fala-se no meu chefe e o pessoal em casa já treme... Fome Zero Há quem diga que preciso postar mais coisas por aqui. Então decidi reproduzir uma piada de português que me contaram ontem. Brincadeira, não vou contar piada nenhuma. sábado, fevereiro 14, 2004
Festa do Interior?
Depois de ligar o meu "caipira emulator", arresorvi prestá uma homenage aos namorado americano, que hoje tão comemorano o dia do seu Valentino. Feliz dia do seu Valentino prá todo esse mundão!!! Dia do Seu Valentino Dos meus tempo de juventude Alembro bem como é que era, Arresorvia tomá atitude E partir pruma paquera. Ia lá na mercearia Que era do seu Valentino, E orvia lá da igreja O som do blém-blém dos sino. Eu propunha pra menina Pr'ela me dar um beijinho. Com vregonha ela arrespondia "Não ali co seu Valentino". Valentino, seu Valentino, Dá licença, faz favor, O senhor é até bom de venda, Mas tá atrapaiando o amor. Valentino, Seu Valentino, Se o senhor diz que é quem é, Faz logo esse seu trabaio E deixa eu aqui ca minha muié. sexta-feira, fevereiro 13, 2004
All good things...
É oficial: Barbie e Ken vão se separar. A notícia foi divulgada pela companhia americana que fabrica os bonecos, a Mattel. Segundo a empresa, os dois agora serão "apenas bons amigos". Sinal dos tempos, meus amigos, sinal dos tempos... quinta-feira, fevereiro 12, 2004
Comprovação experimental
Sai no The Independent de amanhã: cientistas do Reino Unido e dos Estados Unidos desenvolveram uma fórmula matemática capaz de predizer com 94% de acurácia o sucesso de um casamento. O estudo envolveu 700 casais jovens durante dez anos. Ao observar a interação de casais recém-casados durante uma conversa de 15 minutos sobre um assunto delicado --geralmente sexo, dinheiro ou crianças--, os cientistas desenvolveram um sistema de marcação de pontos para linguagem corporal e respostas verbais que indica se eles irão ou não ficar juntos. Sinais físicos, como a pulsação, também foram levados em conta, assim como a aparência emocional e o tom de voz. James Murray, professor de matemática aplicada na Universidade Washington em Seattle, disse que os resultados são extremamente confiáveis. "O que fizemos foi extrair os elementos-chave num modelo, de modo que fosse interpretativo e preditivo. A matemática que desenvolvemos é trivial, mas o modelo é assustadoramente preciso." Comentário do Psicodiafanista: Não é por nada não, mas vou levantar a plaquinha "Eu já sabia", citando o que postei no último dia 5. Já dizia Galileu Galilei, "as leis da natureza foram escritas na linguagem da matemática". A ironia é ver essa sábia constatação ser confirmada a partir da observação do aparentemente caótico comportamento humano. Será o tique-taque da mente objeto de uma ciência mais exata do que eu antes supunha? Seguindo a trilha do sábio italiano, volto-me silenciosamente para a experimentação. Você leu primeiro aqui...
LIBERTADORES! LIBERTADORES!
O jogo foi fraquinho, fraquinho. O meu Tricolixo não jogou muito bem. Mas, mesmo assim, ganhamos de 2 a 1 e retornamos, após uma década de ausência, ao torneio de clubes mais importante da América! É o meu São Paulo de volta à Taça Libertadores! Yesterday's Reality Check Time to retrieve history? Successfully done. Retirada do veículo? Successfully done. Time to make history? Delayed. But not cancelled. Ode a Torquemada Talvez seja este um bom momento para começar a exorcizar alguns fantasmas por aqui... Dos grandes feitos O mais difícil ao fazer qualquer coisa é decidir fazê-la. quarta-feira, fevereiro 11, 2004
Não dá para perdoar
Fui obrigado a levantar da cama só para postar isso. Meu irmão invade meu quarto, de forma não muito discreta, às 6h30 da manhã. - Que é, meu? - Vim aqui usar seu desodorante, porque o meu tá dando efeito placebo.
Desafio
Nem se eu tentasse, conseguiria bolar um programa de televisão tão chato quanto o Big Brother. Parabéns à Endemol. Time to make history! Se os planos forem mantidos, hoje é dia de participar da história. Claro, o que é história para uns, para outros não passa de uma nota de rodapé. Mas ainda assim será uma nota de rodapé histórica, é bom que se diga. Time to retrieve history as well! Já essa aqui vai depender mais dos humores dos deuses astronautas. - Do alto dessas pirâmides, 15 anos vos contemplam! E por falar em história, que venha o Celta! Sim, meu novo carro chega hoje. A espera foi longa: mais de quatro anos sonhando comprá-lo e mais de duas semanas para, ao tê-lo comprado, finalmente poder retirá-lo. Parece muito. Mas, se considerarmos a espera de uma década e meia da nota anterior, até que foi uma pechincha temporal. Back to the Future É engraçado. Tenho tido mais vontade de falar das coisas que vão acontecer do que das que já aconteceram. Bem, talvez eu esteja com muita energia potencial e pouca energia cinética. Nada que massa vezes aceleração não possa resolver. terça-feira, fevereiro 10, 2004
Dúvida existencial do dia
Serei eu o único ser humano com menos de cinqüenta anos que adora Glenn Miller? Lei da conservação do tédio Os melhores dias são os que passam mais rápido. Como diria Zagallo, "só faltam 800"! Já nos aproximamos das 200 visitas (impressionante como está escalando rapidamente depois das primeiras cem) e fico imaginando se os meus fiéis visitantes não merecem um presente especial quando atingirmos a marca dos quatro dígitos... talvez eu devesse apresentá-los o Foda. Alguém aí quer conhecer o Foda? segunda-feira, fevereiro 09, 2004
Alerta vermelho
Quando, ao sair, você quase quebra a porta giratória do banco, e o cara que quer entrar olha assustado para você, do outro lado, você está NERVOSO. Timeline Era para ter sido Lost in Translation, mas acabou sendo Timeline o filme que vi neste fim de semana. É uma ficção divertida, mais uma maquinação maluca baseada em livro de Michael Crichton, mesmo autor de Jurassic Park e Sphere. Tirando o aspecto "vamos tornar viagens no tempo convincentes", a história funciona tão bem quanto as clássicas histórias de "peixes fora d'água históricos". É interessante ver um bando de arqueólogos revivendo uma batalha da Guerra dos Cem Anos. Por outro lado, decepciona ver inglês e francês modernos na boca dos personagens de época. Enfim, c'est Hollywood et c'est la vie. Música fúnebre Também aproveitei o fim de semana para dar a última tacada em Música Fúnebre, um romance policial que caiu na minha mão, recém-publicado pela Companhia das Letras. Foi escrito por Morag Joss, uma ex-administradora de museus escocesa formada em música que agora se dedica à literatura em tempo integral --é o primeiro livro dela, na verdade. Nota-se, claro, uma forte associação entre a vida prévia da autora e o tema. É uma trama que envolve assassinatos (doh!) e museus, protagonizada por uma violoncelista. Não se trata de obra-prima da literatura do gênero, mas dá para gastar o tempo. E, no meu caso específico, uma leitura diferente das a que estou acostumado. sábado, fevereiro 07, 2004
O horror
Acabo de ser informado: minha priminha Lucinha está na sétima série!!! AAAAHHHHH!!!!!!! sexta-feira, fevereiro 06, 2004
E o meu QI é...
Pela primeira vez fiz um desses testes de QI que tem por aí na internet. Estava navegando e abriu um pop-up. Era este teste aqui. Se você tiver paciência, vale a pena, não toma tanto tempo. São 40 perguntas só, se não me engano. E segundo o all-mighty test, meu QI é de... 131. Eu não entendo nada desse negócio de QI, mas parece bom.
Enquanto isso, na Sala de Justiça...
- It's a beauty! A beauty! It is a beautiful rock! - Yes, it is very close to what we think is Nirvana.
Incômodo ceticismo
Hoje me disseram algumas coisas que eu gostei de ouvir. Uma pena que, por mais que me esforce, não consigo acreditar nelas. Não porque sejam intrinsecamente impossíveis, mas porque não têm realmente uma fundamentação sólida. Às vezes é péssimo ser realista. quinta-feira, fevereiro 05, 2004
Horário Bilac
A despeito dos protestos do chefe, foi instituído hoje, às 19h56, o Horário Bilac, dedicado a todos aqueles que ainda têm aspiração a aprender português --de verdade-- algum dia. E na estréia, apresento-lhes uma singela homenagem a quem está partindo. Respeite o esforço, hein? Escrever sonetos dá um trabalhão. Soneto ao que se vai Ao velho amigo, compa de viagem Há muito já te fiz querer distante Atravessando direto à miragem À procura de outro novo mirante Faltei-me para com tua estalagem Chutei-te, em meu sofrer abdicante Agora ao viver com a aflita imagem Lamento vê-lo partir em rompante Jamais outrem viveu parte sequer Do que tiveste de viver comigo Feliz e tristonho cansado abrigo Surrado metal de prata-mulher Que já até merece teu amadigo Pelo dever cumprido, meu amigo Enfrentando as conseqüências - O que é isso? O que você está fazendo? - Estou escrevendo um soneto. - BUAHUAHUAHUA!!!! Para quem? Para quem? - Para mim mesmo. Humpf. - Heheheheh... (Pausa de uns 20 segundos) - Eu já fiz isso uma vez. É difícil para caramba. É um exercício interessante. O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: A despeito do soneto, minha fase gay dá sinais de estar chegando ao final.
Ref.: Amanhã de ontem
Como diz o José Simão, hoje só amanhã. Vai indo que eu não vou. Ou melhor, vou. Vou pingar meu colírio alucinógeno.
Vida empírica
Já dizia Galileu Galilei, "as leis da natureza foram escritas na linguagem da matemática". A ironia é ver essa sábia constatação ser confirmada a partir da observação do aparentemente caótico comportamento humano. Será o tique-taque da mente objeto de uma ciência mais exata do que eu antes supunha? Seguindo a trilha do sábio italiano, volto-me silenciosamente para a experimentação. Berço não tão esplêndido "We will not go quietly into the night! We will not finish without a fight! We're going to live on! We're going to survive! Today, we celebrate our Independence Day!" quarta-feira, fevereiro 04, 2004Chave para o auto-conhecimento De um grande amigo, que resolveu expressar toda a insatisfação dele comigo ontem, de uma tacada só: - Você é *muito* esquisito. Very enlightening indeed. Alô, alô, marciano O desenho ao lado foi o terceiro da série Marte para Crianças, minha primeira investida "profissional" como desenhista após o já anunciado "retorno às origens". Tenho o prazer de dizer que ele, juntamente com outros dois já apresentados, deve figurar numa matéria da próxima edição do suplemento infantil do jornal Folha de S.Paulo. E valeu. Mesmo que não fossem aceitos para publicação, foi divertido produzi-los. E por falar em trabalho... Quem precisa dormir, não é mesmo? Amanhã Sim, amanhã! Amanhã! terça-feira, fevereiro 03, 2004
Viagem no tempo
Maravilhoso ter a oportunidade de tirar o pó dos velhos discos de vinil --uma verdadeira volta ao passado, retorno a um tempo em que a minha principal preocupação era distribuir os bancos de metal da cozinha na sala de visitas e replicar adequadamente os movimentos de Ringo Starr. Hoje, as coisas são muito mais complicadas. Como dizem por aí, vão-se as vitrolas, ficam os discos. Be careful with what you wish... Dois dos desenhos abaixo já chamaram um terceiro, que acabou sendo feito de forma menos que inspirada. De um modo geral, é bom ser requisitado, mas minha habilidade para criar novos problemas a partir do nada não cessa de me surpreender. segunda-feira, fevereiro 02, 2004
Crônicas Marcianas
Depois de meu retorno ao mundo encantado da ilustração, será difícil me conter. Apresento-vos agora meus novos esforços na arte do desenho. A temática, naturalmente, é marciana. E opiniões são, é claro, bem-vindas. Teimosia britânica Os ingleses ainda mantêm as esperanças de contatar sua nave perdida na superfície de Marte, a Beagle-2... Original, pintura a BIC Colorizada em computador Guerra dos Mundos Ilustração baseada em The War of the Worlds, de H.G.Wells Original, a lápis Colorizada em computador Canais de Marte O astrônomo americano Percival Lowell mapeia os canais artificiais marcianos Original, a lápis Colorizado em computador Há uma chance não-nula de que algum desses desenhos ganhe um espaço mais nobre do que este blog nos próximos dias. Stay tuned. domingo, fevereiro 01, 2004
Há exatamente um ano
O celular toca. São 13h22. É o meu chefe. - É o seguinte. A Paula acabou de me ligar e disse que a NASA perdeu contato com o Columbia. Eu sei que não é seu plantão, mas eu estou indo para lá agora. Como você costuma cobrir essas coisas, se você quiser ir para lá... - Bem, eu vou ver aqui e, se for o caso, eu mando alguma coisa... Ao desligar o telefone, só me ocorreu que, para variar, o pessoal de plantão devia estar exagerando. Caiu a linha entre a Nasa e o Columbia. E daí? Liguem de novo. Disso a achar que o ônibus espacial explodiu ou coisa do tipo... eu já vi os russos passarem várias horas sem contato com a estação espacial Mir e ela só caiu quando eles quiseram derrubá-la. E todo mundo sabe que o perigo dos ônibus espaciais é na decolagem. Deve estar todo mundo exagerando. Bah. Não deu tempo nem de ligar o computador e o telefone volta a tocar, desta vez na sala. Logo vem o recado: "O Augusto quer falar com você, ele diz que tem uma notícia urgente". Eu já sabia o que era. - Alô? E aí, Augusto, tudo bem? - Tudo indo. Mas preciso te falar uma coisa. O que você ainda está fazendo aí? Vá para o jornal! O Columbia explodiu! - Bem, o que eu tinha ouvido é que eles perderam contato com... - Não, você não está entendendo. O Columbia explodiu. Põe na CNN, põe na CNN. Então eu liguei a televisão. A imagem --a trilha de fumaça constante e interminável, vagarosamente se dividindo em várias linhas paralelas, com clarões e espasmos ocasionais-- vai ficar na minha memória por pelo menos muitos anos. Possivelmente pela vida toda. E tudo que eu pude fazer foi repetir umas três vezes a frase, "O ônibus espacial explodiu". E eu comecei a chorar. Aquela imagem, silenciosa, irrefutável. Os astronautas estavam mortos. Não havia o que debater. Não era uma perda de contato. Era uma nave espacial com sete bravos exploradores queimando na atmosfera da Terra. Diante dos meus olhos. Aos heróis do Columbia, um ano depois, Godspeed them. Centenário E já temos mais de cem visitas psicodiafanólicas! O próximo marco é o milhar... que deve tardar a chegar. |