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terça-feira, maio 03, 2005

 
Decadência

PENSANDO nos meus primeiros psicodiafanógenos, vejo que este espaço anda totalmente decadente. Já houve um tempo em que eu me dispunha a até mesmo pensar no que ia escrever, antes de escrever. Escrevi poemas, publiquei desenhos.

Agora, pareço monotemático. Meu livro. Meu livro. Meu livro. Pode falar, você não agüenta mais ouvir falar nisso. Eu sei. Até mesmo meu editor deve ter medo de me mandar e-mails, temendo uma avalanche de perguntas junto com a resposta. Peço desculpas. Mas publicar livro dá frio na barriga.

Hoje, por exemplo. Descobri que, entre estar tudo pronto e o livro sair da gráfica, passam-se uns 25 dias. Ou seja, para sair até o fim de junho, ele precisa ficar bonitinho até o final de maio. Resta menos de um mês, portanto. Ainda falta definir a capa, terminar a revisão final e a minha revisão da revisão final. Será que vai dar tempo? Temo que acabe ficando pra julho.

Aí vem a dúvida. Será que isso é bom? Na minha opinião, é péssimo. Julho, mês de férias, todo mundo vai viajar, ninguém fica em São Paulo para comprar livros. É verdade, as pessoas lêem nas férias, mas lêem o que compraram em junho, não em julho. Em julho só se compra carvão para o churrasco (ou lenha para a lareira). E olhe lá.

Eu sei, você já está cansado de ouvir falar neste livro. Então que tal falarmos do próximo? Já estou na metade. Agora, de posse do conhecimento de quanto um livro leva para ser lançado, depois de escrito, corro mais do que nunca. Ele tem um deadline para sair. Agosto de 2006. Será que vai dar? Faço o que posso, mas não mais.

Perdão, leitor, perdão. Juro que agora eu parei. Ao menos até amanhã. Ou até meu editor me escrever novamente.



Pitacos:
Fala mais do livro, sim.
 
Ih, Silvia, não tema. Acho impossível eu simplesmente parar de falar do assunto. Só vou tentar não tornar o negócio aqui 100% livro. Mas claro que ele voltará a figurar em futuros posts psicodiafanogênicos.
 
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