Psicodiafanógenos

Esforços experimentais fúteis na tentativa de contornar o Princípio da Incerteza

Rotas
de fuga

O Malho
Taí um cara com coisas para falar


Central Desinformativa
Adoro longas cadeias de dominó


Idéias Antigas
Reflexões do meu troglodita favorito


Ciência em Dia
O grilo falante da imprensa científica


Senso comum... comum a quem?
O que começou tudo por aqui


Love and Other Bruises
No fim, para que servem os amigos?


Imagens e Palavras
Uma amiga minha que virou croata



Esforços anteriores

janeiro 2004
fevereiro 2004
março 2004
abril 2004
maio 2004
junho 2004
julho 2004
agosto 2004
setembro 2004
outubro 2004
novembro 2004
dezembro 2004
janeiro 2005
fevereiro 2005
março 2005
abril 2005
maio 2005
junho 2005
julho 2005
agosto 2005
setembro 2005
outubro 2005
novembro 2005
dezembro 2005
fevereiro 2006
março 2006
abril 2006
maio 2006
junho 2006
julho 2006
agosto 2006
setembro 2006
dezembro 2006
março 2007
abril 2007
agosto 2007
dezembro 2007



Você é o visitante

"Life is what happens while you're busy making other plans."
John Lennon



segunda-feira, abril 26, 2004

 
Fim do período de negação

Eu sei, é difícil admitir, mas preciso encarar a realidade. Não tenho sorte com carros. Achei que comprar um novinho em folha resolveria, mas não foi o caso.

Já há um mês escondo uma coisa de você. Sabe o ar-condicionado do meu carro, aquele que encareceu em cerca de mil reais o custo da compra? Pois é. Parou de funcionar.

Eu sei, eu sei, está na garantia, eu preciso ir até a concessionária para arrumar. Mas não posso me dar ao luxo de ficar sem carro. Posso?

Ter de é poder

Sábado, 11h da madrugada, e eu na rua. Uma freada brusca, mas não absurda, do carro à frente. Com precisão cirúrgica, desacelero meu veículo, sem cantar pneus, aproximando-o ao máximo do pára-choque do carro à frente. Uma parada perfeita, dando o maior tempo possível para quem vem atrás reagir.

Dois ou três segundos depois, um barulho de lata de refrigerante sendo esmagada, acompanhado por um sacolejo no carro. Bateram em mim. Bateram em MIM! BATERAM EM MIM ÀS 11 HORAS DA MANHÃ DE UM SÁBADO!

Num misto de apreensão, tensão e frustração, ameaço ir embora --é o medo de enfrentar problemas. Mas chegou a hora de parar de viver em estado de negação. Penso melhor e desço do carro. Apenas olho para o carro, sem palavras. O sujeito desce também. Antes que eu pudesse dizer algo, ele já vem dizendo: "Calma. Calma. Não tem problema. Eu estava errado. Eu errei. Eu vou pagar. Está aqui o meu cartão, não se preocupe".

Peguei o cartão. A batida foi discreta. O carro ficou pouco marcado. Foi leve. Voltei para o carro, mas o dia não foi o mesmo depois disso.

Moral da história

Estou sem carro de hoje até a tarde de quarta-feira. Séria disrupção da minha vida cotidiana. Como um paulistano motorizado, bicho acostumado a passar *pelo menos* uma hora e meia por dia dentro do carro, pode agüentar três dias sem automóvel?

Consolo

Pelo menos, pela primeira vez em sete anos de habilitação para dirigir, minha família acreditou que eu não tive culpa no acidente.

Ou, na pior das hipóteses, eles fingiram muito bem.

Agora voltamos à nossa programação normal.



This page is powered by Blogger. Isn't yours?